quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Enem: MEC admite ‘clonagem’ de questões e aciona PF; saiba o que pode ocorrer com a prova

O Ministério da Educação já se manifestou sobre denúncias veiculadas pela rede social Facebook, de que um colégio em Fortaleza, Ceará, teria apresentado questões semelhantes às aplicas nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em simulado realizado nos dias que antecederam a aplicação da prova.
A suspeita de vazamento será investigada pela Polícia Federal.

Leia mais: Ministério Público pedirá anulação do Enem após suspeita de vazamento; PF vai investigar

Por sua assessoria, o Ministério da Educação admitiu que o simulado do colégio Christus apresentou nove questões idênticas às do Enem.

Matemática - questão 154 da prova amarela. E a mesma questão na apostilha do Enem


Através de um perfil do Facebook, quatorze questões foram divulgadas como idênticas as do exame, aplicado no último final de semana.

O que pode acontecer com a prova
O MEC antecipou que, dependendo da investigação, só os 630 estudantes do colégio Christus, que tem várias unidades na capital do Ceará, poderão ter de refazer o Enem em novembro.

O diretor do colégio, Davi Rocha, disse que ficou surpreso com a repercussão do caso. Ele disse que ainda apura o que ocorreu e que o simulado é realizado por uma rede de colaboradores.

O Ministério Público Federal no Ceará informou que pretende pedir o cancelamento da prova. Segundo o procurador Oscar Costa Filho, o MEC (Ministério da Educação) e o Inep (instituto responsável pelo Enem) serão notificados. Caso o pedido não seja aceito, tentará suspender o exame na Justiça.

As provas do Enem registraram problemas nos dois últimos anos. Em 2010, a prova amarela teve questões embaralhadas, o que fez com que alguns estudantes marcassem as respostas no campo errado.

Já na edição do Enem de 2009, exemplares da prova foram roubados. A fraude adiou a realização do exame, que acabou marcado por abstenção recorde e erro no gabarito oficial.

Quatro dos cinco envolvidos no vazamento foram condenados pela Justiça Federal.

Neste ano, cerca de 1.100 candidatos foram informados por telefone que o local da prova indicado no cartão de confirmação de inscrição estava errado.


Adriana Bezerra
Portal Correio

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