Vítimas desse tipo de crime estão passando por tratamento psicológico e mudaram de endereço, devido o constrangimento.
A
Polícia Civil da cidade de Guarabira, no Brejo paraibano a 98km de João
Pessoa, está investigando uma série de vídeos e fotos íntimas que estão
sendo compartilhados através do aplicativo de celular “Whatsapp”. As
vítimas desse tipo de crime estão passando por tratamento psicológico e
mudaram de endereço, devido o constrangimento.
A delegada da
Mulher, Juliana Brasil, que investiga os casos de exposição sexual na
internet, disse durante entrevista ao Portal Correio que os vídeos
pornográficos divulgados pelas redes sociais – sem autorização - estão
virando ‘corriqueiros’, em Guarabira e região. Entretanto, as
investigações já apontaram os culpados da divulgação ilícita do material
e muitos já foram indiciados.
“Estamos bem avançados nas
investigações. São vídeos extremamente pornográficos e em muitos dos
casos, as meninas – que são menores – fazem o vídeo após ameaça do
companheiro terminar o namoro. Tenho vários vídeos e os inquéritos já
apontaram os responsáveis pela propagação das imagens”, disse a
delegada.
Segundo Juliana Brasil, o caso mais recente é de
uma criança de 12 anos. Ela fez um vídeo pornográfico para satisfazer o
namorado e as imagens foram compartilhadas por centenas de celulares.
Após a divulgação, a menina mudou seu comportamento.
“O
namorado dela tem 17 anos e o vídeo é deplorável. Estou convencida de
que ele divulgou as imagens, sem autorização, após uma série de
depoimentos e oitivas. As imagens causaram um constrangimento
gigantesco. A menina entrou em processo depressivo e não quer ir mais
pra escola. Ela virou o assunto na cidade”, comentou Juliana Brasil,
dizendo que esse é apenas um de vários casos que envolvem policial
militar, professor e estudantes.
De acordo com a delegada, os
envolvidos nas divulgações dos muitos serão indiciados e vão responder
na Justiça. “Já conclui e remeti alguns inquéritos para a Justiça. Em
outros estou investigando, mas vou indicar os envolvidos. Não podemos
deixar que essas pessoas estraguem as vidas de outras e fiquem impune.
Isso é grave e os responsáveis têm responder criminalmente pelo erro”,
concluiu Juliana Brasil, delegada da Mulher.
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