Segundo STTrans, veículo não tinha registro para circular com passageiros.
PRF acredita que motorista tenha feito ultrapassagem irregular na BR-230.
A van envolvida em um acidente com 13 mortes em São Mamede, no Sertão
paraibano, circulava sem autorização na cidade de Patos, que seria seu
destino final. A confirmação foi dada pelo coordenador da
Superintendência de Transporte e Trânsito (STTrans) da Prefeitura de
Patos, Abraão dos Santos Diniz. Segundo ele, o proprietário do veículo é
cadastrado no orgão e tem duas vans, mas apenas uma delas é autorizada a
estacionar na cidade para embarcar ou desembarcar passageiros. A
segunda, porém, justamente a que colidiu na BR-230, não tinha o registro
para o transporte alternativo.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), mesmo que o veículo
envolvido na tragédia fosse registrado, ainda assim estaria prestando um
serviço irregular ao viajar entre municípios com passageiros.
“As prefeituras têm poder de autorizar que os veículos façam o
transporte e façam frete no município de origem, como os táxis. O que
acontece é que eles aproveitam que têm a placa de aluguel para fazer
lotação em transporte intermunicipal e esse tipo de serviço é
clandestino”, explicou o inspetor Lucas Lucena, no Núcleo de Comunicação
da PRF.Com relação às suspeitas de que o veículo estava lotado, a PRF descartou esta possibilidade, pois havia 14 pessoas na van, incluindo o motorista, quando a capacidade máxima é de 16. Todas as 13 vítimas estavam no mesmo veículo.
Fábio Medeiros, gerente da STTrans, explicou que não saber os motivos da van não ser registrada no órgão, mas afirmou que são poucos os transportes clandestinos atuando em Patos devido às fiscalizações frequentes.
Numol conclui identificação das 13 vítimas de acidente na Paraíba
Todos os corpos foram entregues a parentes para os sepultamentos.
Segundo PRF, van provocou acidente em ultrapassagem indevida.
Os Núcleos de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Patos e Campina
Grande concluíram a identificação das 13 vítimas do acidente ocorrido no
domingo (4) à noite na BR-230, em São Mamede, no Sertão da Paraíba.
Sete dos corpos estavam em Patos e seis em Campina. Segundo o diretor de
um dos núcleos, Márcio Leandro da Silva, a divisão de serviços foi
necessária para agilizar os exames e liberar os corpos para os parentes o
mais rápido possível.
Entre as vítimas estavam uma mãe e os dois filhos. Ela morava em São
Paulo e retornava à Paraíba depois de 15 anos para rever parentes e
apresentar os filhos pela primeira vez aos avós.
Confira abaixo a relação completa de vítimas, divulgada pelo Numol:
- José Alves Torres, de 52 anos, motorista da van;
- Francisca Procópio da Silva, de 35 anos, vinha de São Paulo;
- Juan da Silva Araújo, de 12 anos, filho de Francisca;
- Kauê da Silva Araújo, 7 anos, filho de Francisca;
- José de Arimatéia Simões de Melo, 54 anos, empresário;
- Janete de Sousa Emiliano, 50 anos, cunhada de Arimatéia e empresária;
- Terba Monteiro do Nascimento Diniz Teixeira, 45 anos, assistente social do Hospital Regional de Patos;
- Josefa Carício, 48 anos, diretora da faculdade Unopar, em Patos;
- Maria do Socorro Lucena, 50 anos, enfermeira do Hemocentro de Patos;
- Vinícius Serrano Gurgel, 16 anos, estudante;
- Maria das Neves de Oliveira, de 65 anos;
- Maria Lúcia de Freitas, idade não divulgada;
- Niucélia Cardoso da Conceição, de 26 anos.
De acordo com o delegado Ronis Fernandes, da Polícia Civil, a colisão
envolveu uma van, dois caminhões e um carro de passeio, modelo Fiat
Palio. Todas as vítimas estavam na van. Apenas um passageiro do veículo
sobreviveu, um adolescente de 16 anos que permanece internado em coma no
Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande.
Com base nas primeiras análises da pista, a Polícia Rodoviária Federal
(PRF) divulgou na segunda-feira (5) que o acidente teria sido causado
por uma ultrapassagem indevida da van.
"Temos a situação definida pelo que apuramos. Os outros dois motoristas
confirmaram a ultrapassagem feita pela van e as informações colhidas no
local nos deram a dinâmica do acidente", declarou Gilberto Medeiros da
Silva, inspetor-chefe da PRF no Sertão.
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