quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Funcionário dos Correios podem deflagrar greve a partir do dia 19; dissídio já está no TST


O secretário geral do Sindicato dos Correios da Paraíba Emanuel Sousa disse nesta quinta-feira (13) disse que há uma real possibilidade da categoria paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir do dia 18 deste mês. De acordo com o secretário, há uma intransigência do governo em não atender as principais reivindicações da categoria.
A categoria reivindica um aumento de 43,7% e R$ 200 linear, ticket de R$ 35, a contratação imediata de 30 mil trabalhadores, o fim das terceirizações, além de outros pontos para garantia de melhores condições de trabalho. Outra reunião está marcada para esta sexta-feira (14) em Brasília com o intuito de unificar a greve em todo país.
“Existe uma intransigência por parte do governo em apresentar uma contraproposta que atenda a categoria. Então não só na Paraíba, mas em todo país devem se mobilizar para está paralisando as atividades a partir de 0 hora do dia 19”, disse.
Emanuel de Sousa revelou que os profissionais dos correios esperavam ter um processo de negociação tranqüilo com o governo, haja vista, que a empresa teve um lucro de R$ 11 bilhões no ano passado e terá este ano um lucro de R$ 15 bilhões somente para este ano, mas que a única proposta apresentada pela direção da empresa foi de 5.2%, enquanto a categoria reivindica 43.7% de reposição salarial.
“A proposta foi rejeitada e não tem perspectiva de nova negociação com a empresa. Infelizmente a greve pode acontecer”, finalizou.
A assessoria de Comunicação dos Correios da Paraíba emitou uma nota em que garante a  normalidade do atendimento à população brasileira. A empresa  ingressou nesta quinta-feira (13) com dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília. A ação é de natureza mista: revisional, jurídica e de greve. A primeira pede a revisão do acórdão vigente, fruto do dissídio de greve de 2011 e que tem validade por quatro anos. A segunda é para esclarecer dúvidas sobre a cláusula que trata do vale-refeição/alimentação extra, fornecido pela empresa a todos os trabalhadores em dezembro. A terceira pede a intermediação do TST, em vista da greve e do esgotamento das negociações.
Desde o dia 3 de julho a empresa tenta, por meio do diálogo, negociar com as entidades sindicais. No início de setembro, a ECT ofereceu reajuste de 5,2% reajuste de salários e benefícios, garantindo o poder de compra do trabalhador com a reposição da inflação do último ano. O salário-base inicial, por exemplo, iria para R$ 991,77. Se somado o adicional de atividade que os carteiros recebem, o vencimento subiria para R$ 1.289,30. Este cargo é de nível médio.
Benefícios — Os Correios ainda oferecem aos trabalhadores vale transporte, assistência médica, hospitalar e odontológica para empregados e seus dependentes (inclusive na aposentadoria) e adicionais de atividade. Nos últimos nove anos os trabalhadores da ECT tiveram até 138% de reajuste salarial, sendo 35% de aumento real.
Além disso, a empresa vem investindo na melhoria das condições de trabalho: nos últimos 21 meses contratou 10 mil novos empregados e está admitindo mais 9.904 novos trabalhadores até 2013; investiu R$ 250 milhões na compra de 14 mil veículos e equipamentos e na construção, reforma e ampliação de 700 unidades operacionais, administrativas e de atendimento.
Tarcísio Timóteo / Assessoria de Comunicação

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