Nem assumiram ainda seus postos de administradores municipais, mas os prefeitos eleitos no último pleito eleitoral já se preocupam bastante com o legado, pois terão que se desdobrar através de medidas de contenção de despesas para então enfrentarem os impactos previstos com a queda no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e também com o reajuste anual do piso do salário dos professores que se aproxima. E como os pequenos municípios são sempre os mais penalizados, a nossa reportagem procurou ouvir alguns dos prefeitos eleitos para ver de que forma eles buscaram driblar esses impactos que sofrerão as máquinas administrativas já no inicio de suas gestões.
Ainda com relação à Sousa, André Gadelha disse que em seguida verá a questão das secretarias. “No caso de Sousa não haverá exclusão de secretárias para reduzir gastos, porque lá pelo contrário, precisa-se até de mais de algumas pastas como a de Esportes, da pesca, que já temos essas potencialidades dessas atividades, mas que infelizmente não vamos poder criar já, diante dessa situação. Então, o que precisamos é expandir as responsabilidades e atacar em todas as áreas os problemas que surgirem, acrescentou ele.
Já o prefeito eleito de Bananeiras, Douglas Lucena (PPS), disse que está temeroso com todos esses impactos e tomará várias medidas assim que estiver no cargo a partir de 1º de janeiros do próximo ano.
Contudo, Douglas Lucena disse que no caso da educação será mais fácil de superar os impactos. “Temos cerca de mil efetivos e a nossa sorte é que a maioria dos servidores efetivos é da educação e já está previsto dentro do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) o reajuste de salário dos nossos educadores”, frisou ele.
Mais uma nova gestora, a prefeita eleita de Patos, Chica Mota (PMDB), medidas drásticas a serem tomadas para minimizar os impactos anunciados. Contudo, ela revelou que está mais tranquila porque desde já tem contado com o apoio do atual prefeito local, Nabor Wanderley (PMDB) para organizar a máquina pública para sua chega em primeiro de janeiro.
“Serei uma prefeita diferente daqueles prefeitos que não têm acesso, pois como tenho o apoio do atual prefeito Nabor. Inclusive, o prefeito Nabor já se adiantou e está tomando algumas providências nesse sentido como cortes, e isso é uma decisão que já se antecipou me deixando em uma situação mais confortável como administradora, já que normalmente no inicio de ano acontece esse problema porque o FPM cai muito”, contou ela.
As demais contenções de gastos para equilíbrio da prefeitura de Patos, Chica Mota disse que tomará providências assim que tomar conhecimento, através dos relatórios a serem apresentados pela sua comissão de transição. “Mesmo tendo um governo de continuidade, para iniciar acho que deve ter um corte razoável nos gastos. Portanto, assim que assumir e me colocar a par das necessidades, darei continuidade a enxugar o que for necessário para resolver os problemas para equilibrar as finanças, já que a redução dos recursos vem a nível federal e teremos que absorve-los também a nível municipal”, concluiu Chica.
Fonte: Adaucélia Palitot – Políticapb
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