Agência Brasil
O primeiro dia de julgamento do mensalão mostrou que a importância do tema e o perfil dos ministros do STF(Supremo Tribunal Federal) pode provocar discussões acaloradas na corte. Um dos mais polêmicos é justamente o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa. Mas até o presidente Carlos Ayres Britto, de estilo calmo, se mostrou nervoso no decorrer da sessão.
Nesta quinta-feira (02) Barbosa bateu boca com o ministro Ricardo Lewandowski. O debate ocorreu durante a decisão sobre o desmembramento do processo, solicitado pelo advogado Márcio Thomaz Bastos.
Barbosa votou contra o desmembramento alegando que o Supremo já havia decidido sobre o tema. Lewandowski, que é revisor do processo, se manifestou a favor, deixando Barbosa nervoso.
No fim da sessão, Ayres Britto, que teve que intervir no debate entre os ministros, não foi direto ao responder sobre o bate-boca.
— Essas intercorrências não nos causam perplexidade. São apenas tensionamentos.
Do lado de fora do Supremo, os advogados dos réus afirmaram que o clima do processo, aliado à personalidade dos ministros, deixará o clima tenso. É o que pensa o advogado Alberto Zacharias Toron, que defende João Paulo Cunha.
— Achei que o julgamento começou tenso. O próprio Ayres Britto se mostrou nervoso. E tenho certeza que esse clima vai continuar à medida que os debates se acaloram.
O advogado protagonizou um pequeno debate com Ayres Britto, quando pediu aos ministros que os advogados usem um sistema de projeção de imagens durante a sustentação oral.
Maria Carolina Lopes, do R7 em Brasília
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