Segundo o coordenador da Central de Polícia de Campina Grande, delegado Kelson Vasconcelos, o exame foi solicitado pela própria vítima há cerca de 15 dias e foi realizado no Núcleo de Medicina Legal (Numol), em Campina Grande. Ele disse que o inquérito já havia sido concluído e o novo exame foi apenas anexado às páginas do documento para auxiliar na avaliação do Ministério Público.
O inquérito já foi para o Ministério Público e voltou para as mãos da delegada pela terceira vez, e o crime aconteceu há oito meses. Três promotores já acompanharam o caso. No dia 20 de junho de 2012, o Ministério Público o reenviou à delegacia pela segunda vez, solicitando que fosse feita uma acariação entre duas testemunhas, pois elas estariam apresentando versões diferentes. A acariação foi feita e o inquérito enviado para o promotor Marcus Leite. Mas, na tarde da quarta-feira (1), ele reenviou o documento para a delegacia para que o novo exame fosse anexado.
O inquérito agora está com a delegada da mulher de Campina Grande, Herta França, e deve ser remetido ainda esta semana para o MP. O resultado do exame não foi divulgado, mas Marcus Leite disse que ele pode interferir no indiciamento de Marcelinho. "Se for comprovado que a cicatriz foi causada por uma suposta agressão, Marcelinho seria citado por lesão grave em vez de lesão leve, o que muda a conotação da acusação", disse o promotor.
O promotor agora espera receber o inquérito para avaliá-lo e decidir se oferece denúncia contra o atleta e quais seriam as acusações. A delegada Herta de França citou a presença de 'lesão leve' nos lábios da vítima, com base nos primeiros exames de corpo de delito, o que já sustenta o indiciamento por estupro. Mas, em posse do novo exame, o promotor pode pedir uma condenação mais grave para ele ou até nem aceitar o indiciamento da Polícia Civil. Quanto à demora na entrega do inquérito, ele disse que foram necessárias novas diligências e que o prazo estava dentro do estipulado porque o suspeito citado está em liberdade provisória.
G1PB
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