Até presidente da Gaviões da Fiel pode ser indiciano por ter liderado caravana

12 torcedores corintianos continuam presos na Bolívia enquanto aguardam recusos da defesa
Apesar de judicialmente não considerar a confissão feita pelo menor, Abigail disse que, se de fato o garoto foi o responsável pelo disparo, quem levou o menino a Oruro e o deixou voltar para o Brasil também pode ser incriminado na Bolívia. A declaração da fiscal recai principalmente sob Antônio Alan Souza Silva, mais conhecido como Donizete, presidente da Gaviões da Fiel. Foi ele quem comandou a caravana da torcida para acompanhar a estreia do Corinthians na Libertadores no último dia 20.
Com temor de ser detido caso voltasse para a Bolívia, ele, então, enviou ao país vizinho o vice-presidente Wagner da Costa, o B.O., e mais um diretor da organizada para que prestassem assistência aos corintianos presos. Ambos estão em Oruro desde a semana passada e não podem ser considerados cúmplices do menor porque não participaram da caravana. Entre os 12 detidos, nove são associados da Gaviões e três da Pavilhão Nove.
Márcia Kim, esposa de Tiago Aurélio dos Santos Ferreira, diretor da Pavilhão Nove que também está preso, é outra que, a rigor, corre risco de entrar na lista de cúmplices. Isso porque ela fez parte da caravana. Márcia, porém, não retornou ao Brasil e desde a prisão do seu marido está em Oruro prestando assistência aos detidos.
—Tenho evitado ir na delegacia, no fórum. A única coisa que faço é visitar o pessoal no presídio.
Os 12 torcedores esperam que até o fim desta semana a Justiça boliviana se pronuncie a respeito da apelação feita pelo advogado Miguel Blancourt pedindo a liberdade provisória deles. Os presos também aguardam a análise do pedido de reforma do inquérito e que a Justiça procure novas provas.
Entre as solicitações feitas pelo advogado estão a reconstituição do crime com a presença dos corintianos, a inspeção das condições de segurança do estádio Jesus Bermúdez e que a polícia apresente o critério que utilizou para, entre cerca de 300 corintianos que estavam na arquibancada, prender 12.
Neste domingo, o presidente do Corinthians, Mário Gobbi, garantiu que o clube vai ajudar a família de Kevin.
"Entraremos em contato com a família. Não fizemos isso antes, porque faz pouco tempo que aconteceu as coisas."
Fonte: Estadão
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